Alguns pensadores tem apontado que a pós-modernidade tem sido marcada por cenários que se apresentam desprovidos de “solução”. Frente a tantas incertezas, tantas mudanças, tantos desafios, é necessário saber como lidar com “o que está em jogo”, saber reconhecer as cenas e as possibilidades. Mesmo diante do “trágico” e do “sem solução”, é necessário saber olhar para não se perder em configurações que roubam a esperança, geram frustrações, e desencantam. A paralisa como a agitação são expressões do caótico. Pensar e compreender, reconhecer e entender, abrir espaços internos para olhar a si mesmo e, ao mesmo tempo, para olhar as brechas de possibilidades contidas no externo, tem sido mais que fundamental, tem sido da máxima urgência. Quando se perde o encanto se perde a beleza e com ela, se perde a vida. Abandona-se! Em tempos caóticos, trágicos e sem solução, é necessário ter bom senso para pensar e pensar bem e, jamais perder a ternura do encantar. Pensar o reencantar, para se encantar e se reenencantar com a vida, é o alimento natural para o encontro com as possibilidades do criativo.
Abraços ****
Vivi