No cotidiano de nossas relações encontramos com certa frequência, pessoas que se dizem ansiosas, agitadas, decepcionadas, que as fazem infelizes. Grande parte destes estados mentais que geram desconforto e insatisfação, diz respeito a um automatismo repetitivo de permanecer ausente do momento presente. As pessoas sofrem porque não conseguem estarem no presente, não conseguem serem o presente. Sempre que saímos do presente, a nossa mente tende a pendular entre os pensamentos e recordações do passado, os pensamentos que idealizam o futuro ou constroem mentalmente o reino da fantasia. Uma mente ansiosa, não percebe quando se alimenta dos ressentimentos do passado que a impede de agir com bom senso e sabedoria. Planejar o futuro é sem dúvida uma capacidade humana comparável a uma bússola, um mapa orientador. Contudo, quando a mente insiste em manter uma atitude de planejamento controlador, ela perde energia mental e emocional. Viajar pelos reinos da fantasia acaba se tornando uma fuga dos desconfortos do presente, fuga da ansiedade e fuga dos medos e inseguranças naturais do viver. A capacidade de fantasiar é admirável quando ela permite a criatividade, imaginar novas possibilidades criativas mas, quando se torna um escape do presente ela pode ser comprometedora. Quando a mente descansa ela permite a criatividade mas, quando se agita, se torna ansiosa, controladora o fugitiva da realidade ela perde a si própria, ela perde a sabedoria. Portanto, exercitar a atenção para se perceber, se reconhecer e estar no presente, é algo que fortalece a consciência e a presença no ser e estar pleno de si mesmo em cada momento do viver.
Abraços ****
Vivi