“ O mais difícil em tempos conturbados não é cumprir o dever, mas identifica-lo.” – Rivarol Cumprir por cumprir um dever é apenas obedecer uma norma. Aqui não há transformação mas, repetição e obediência. A obediência de alguma maneira inclui um medo, que vem atrelado a um ressentimento. No mando controlador não há mais o dever porque, também não há mais razão. Quando uma ação é fruto de uma reflexão ampliada que considera a abrangência de uma totalidade, o processo decisório inclui meios e fins, inclui as consequências da ação, inclui motivação, adequação e renovação. Quando o “dever” é identificado para atuar na direção de um bem comum, ele deixa de ser um dever como obrigação ou imposição e passa a ser um compromisso responsável. A identidade inclui alinhamento de valores e consonância de ideias. Neste sentido a ética se diferencia da moral na medida em que é o valor ético, a atitude ética, que irá agir de acordo com as fronteiras de uma consciência que inclui a compreensão ampliada, a empatia, a solidariedade, a compaixão. O dever como valor altruísta é fruto de uma razão sensível, que pode agir de forma coerente entre pensamento, palavra e ação. Agir com a consciência de uma escolha ponderada, é diferente de cumprir demandas ou ordens.
Abraços ****
Vivi